Um movimento significativo está em curso no topo das maiores empresas brasileiras. De acordo com a pesquisa Board Monitor, da Heidrik & Struggles, a idade média dos novos diretores em conselhos de empresas listadas na B3 caiu 3,5% nos últimos cinco anos.
Esse rejuvenescimento não é meramente numérico. Ele carrega consigo novas perspectivas, tais como: maior familiaridade com transformação digital, diversidade de pensamento e uma aproximação natural com tendências de ESG, inovação e cultura organizacional moderna, temas cada vez mais centrais para a perenidade dos negócios.
Ainda segundo o estudo, 56% das novas vagas de diretoria no último ano foram ocupadas por profissionais mais jovens, sinalizando uma mudança intencional na composição dos conselhos. Empresas que antes privilegiavam experiência exclusivamente técnica ou trajetórias longas agora buscam equilíbrio entre maturidade e abordagens inovadoras e desvinculadas de vieses tradicionais.
Por que essa mudança é importante, de fato?
Conselhos mais jovens tendem a ser:
No entanto, o movimento também traz desafios: como integrar efetivamente essa nova geração à dinâmica dos conselhos, muitas vezes tradicional? Como aproveitar seu potencial sem subestimar a importância da experiência? O equilíbrio geracional parece ser a chave.
Essa tendência dialoga com outra frente de mudança: a diversidade. Mulheres e profissionais de origens não convencionais também vêm conquistando cargos de alta liderança, ainda que a passos lentos. Juntos, eles compõem um ecossistema de governança mais representativo e, portanto, mais capaz de tomar decisões complexas em um mundo em rápida transformação.
Em suma, a renovação geracional e a diversificação dos conselhos não são modismos passageiros, mas reflexos de uma sociedade em transição que busca progresso e equilíbrio. O grande desafio reside em demonstrar às lideranças mais experientes o valor estratégico dessa transformação como potência para resultados financeiros e de inovação.
É crucial lembrar que a experiência acumulada pelas gerações anteriores segue sendo uma bússola valiosa em momentos de incerteza. O verdadeiro avanço, portanto, não está na substituição, mas na integração inteligente entre o novo e o tradicional.
Você percebe alguma movimentação similar na sua empresa?